Esporte se torna um dos mais praticados em Salvador muito pela relação com as praias
O futevôlei é uma das modalidades esportivas que mais cresceu nos últimos dois anos. Em Salvador, diversas quadras e escolinhas foram inauguradas e a procura pelo esporte é grande, sobretudo entre os jovens. Apesar do recente “boom”, o esporte já existe desde a década de 70, originário nas praias do Rio de Janeiro.
O futevôlei é jogado no sistema de duplas, trios ou até mesmo quartetos, porém o mais tradicional é o 2x2. Pode-se tocar na bola com qualquer parte do corpo, exceto os braços, antebraços e as mãos, assim como as regras do futebol. Como o nome já diz, o esporte é uma mistura de futebol com vôlei, tendo em vista que o objetivo do jogo é pontuar através de uma rede que divide o meio da quadra e os dois times.
Em Salvador o esporte é um sucesso. Em sua longa orla, diversas redes são montadas diariamente e o número de praticantes da modalidade só aumenta. O sucesso é tão grande que um dos maiores clubes da cidade, o Esporte Clube Vitória, montou uma equipe que disputou o Campeonato Brasileiro da modalidade em 2022.
O BNews conversou com Tadeu Mateus, professor da Arena Aliança. Ele nos contou que começou a praticar o esporte com 25 anos de idade. Hoje, aos 32, é professor do esporte que se apaixonou devido a uma lesão que o fez parar de jogar futebol. Para ele, a pandemia "ajudou" a modalidade a se popularizar em Salvador e em todo Brasil.
“A pandemia deu uma ‘ajuda’ boa, por ser uma prática esportiva que precisa de um número menor de pessoas. Muita gente começou na pandemia, de dois anos para cá aumentou consideravelmente o público. Por exemplo, quem gosta de jogar bola não podia por causa do número de pessoas, então a galera começou a jogar a altinha na praia”, disse.
Apesar de ser um esporte relativamente novo, o futevôlei já possui competições oficiais, federações estaduais e nacionais, porém, para Tadeu, o que mais atrai o público é o fato do esporte ser um entretenimento para seus praticantes. “É difícil, mas é um esporte bom pois é muito entretenimento, a galera conversa muito, resenha muito, é um esporte que gera muita resenha, tanto pelos erros como pelos acertos, por ser muito difícil”, falou.
Sobre uma possível queda na busca e na prática do esporte num futuro próximo, Tadeu afirmou que não acredita nisso, até pela proximidade e paixão que o brasileiro tem com o futebol.
“Estamos num país que adere muito a questão da bola (de futebol), principalmente com os pés, então eu acho que não para não. Pode acontecer de dar uma estagnada na criação das arenas, mas é porque todo empreendimento uma hora dá uma estagnada, para não ter demais, em excesso, e acabar não tendo público suficiente. O esporte em si não para”, explicou.
Para finalizar, Tadeu afirmou que o fato do futevôlei ser praticado, em grande parte, em praias, faz com que o público que mora principalmente em cidades litorâneas desenvolva a prática do esporte.
“Por exemplo, se você mora numa cidade que não tem praia você vai ter que pagar e não vai ter o acesso gratuito à prática, que quem mora numa cidade do litoral tem. Hoje em dia você quer jogar uma altinha, você que mora em cidade que tem praia, é só você ir na praia que vai ter alguém praticando, você chega, cumprimenta e joga. Agora se você for para uma cidade que não tem litoral, você só vai praticar o esporte num local fechado, numa arena, você vai ter que pagar para usufruir da prática. A cidade litorânea interfere muito nos praticantes”, finalizou.
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